Sentir é humano

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Lágrima, lágrima, lágrimas…

Não se lembrava de quando, muito menos o porquê de resolver parar de chorar. Apenas sabia que parou. Não era importante, e não sentia a necessidade de uma resposta. Ora, para quê uma resposta?

Desenvolveu a teoria de que a grande necessidade humana de procurar respostas era um mal. O mal. Trazia dor, angustia e por fim grandes duvidas… a sim duvidas, o inicio da procura por respostas. “coisa inútil”.

A vida era cheia de inutilidades, sim inutilidades! Sentimentos, artes, até mesmo escrever, e todas as suas variações, todos inúteis, o que realmente valia era a apatia e a razão… pensava que qualquer conta matemática resolveria qualquer situação (matemáticos, físicos e variáveis não me levem a mal), tudo deveria ser resolvido no exato e imediato momento, sem abrir portas para: questionar, duvidar e muito menos responder.

Tinha teorias extremamente racionais para tudo, inclusive sobre a ação de chorar. Todo humano deveria progredir, logo acreditava que um dia nenhum humano choraria, assim, chorar é um atraso na vida, pessoas ‘evoluídas’ não choram, desenvolveram imunidade a essa doença. Chorar é tão fraco, irracional que deveria ser banido, proibido para evitar atrasos, era o que sempre dizia.

-Se não houver alegria não há tristeza, seremos todos indiferentes, e o mundo continuará a girar.

Até que um dia o humano dentro de si falou mais forte. Não importa o que desencadeou essa reação, importa que sentiu o nó na garganta, lábios trêmulos, olhar marejado que até tentou controlar piscando repetidas vezes, recomeçara a chorar, mas  será que teria Des-evoluido? Ou teria aprendido que é humano sentir? Ou que sentir é humano? 

Valsa da noite

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Saiu para poder olhas as estrelas, a noite estava magnífica, a lua majestosa e o céu no todo esbanjava esplendor.

A brisa acariciava-lhe o rosto, enquanto cantava a valsa para as estrelas valsarem no negro palco, enquanto os ventos faziam questão de embalar o sono das leves nuvens, que só se via as suas sombras.

O teatro do céu permaneceria com o espetáculo durante toda a noite, até que o sol pedisse o palco. Era uma noite quente e aconchegante, propicia para um espetáculo ao ar livre.

Ficava muito claro o porquê de a noite ser a musa dos artistas, e claro, dos amantes. As estrelas valsavam livremente, constelação a constelação, todos juntos em um mesmo ritmo, tão harmonioso e em completa perfeição.

A lua observava com atenção as nuvenzinhas sonolentas vagarem pelo céu encobrindo o show das estrelas, e divertiam-se todos com isso, afinal todos os elementos, astros, satélites, ares, água em vapor, todos tinham sua vez nessa linda apresentação.

Grande oportunidade para meditar na grandiosidade, na imponência, e ao mesmo tempo na simplicidade do universo. Como algo tão complexo pode exigir ser tão simples só para ter elegância?

Brisa silenciara aos poucos, os ventos despediram-se, as nuvens despertavam, as estrelas uma a uma com reverencia agradeciam a dança e a lua perdera o brilho, era a hora de o sol brilhar, não mais no negro céu, e sim no céu azul, era a hora de começar a peça que todos estão acostumados a ver. Era a hora de amanhecer. Iniciara-se o dia. 

Ela era

Ela era só mais uma menina que andava descalça nas nuvens de sua imaginação. Dançava entre as estrelas de papel coladas com fita dupla face na parede do quarto.

Ela era só mais uma menina que acreditava que suas bonecas e ursos de pelúcia eram vivos o bastante para lhe responder e escutá-la com a mais sincera atenção. Era aquela que acreditava que uma simples colcha de retalhos poderia se tornar um castelo.

Ela era só mais uma menina que acreditava que ao colocar seu vestido dor de rosa era mais que suficiente para ser uma princesa. Acreditava que as historias dos livros eram tão reias que aconteciam na rua de baixo da sua casa.

Ela era só mais uma menina que via a vida como ela é, simples e bonita, ele foi uma menina que teve que crescer, e que agora vê a vida como todos veem e agora apenas ri das ‘bobagens’ da menina. Imagem

Entusiasmo poético

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Inspiração,

O que é inspiração para você?

Um traço de grafite?

Um respingo de tinta?

Um alfinete no chão?

Inspiração,

O que é inspiração para você?

Uma pegada na areia?

Uma folha de papel amassada?

Uma flor em botão?

Inspiração,

O que é inspiração para você?

Um surto psicótico?

Um desafio?

Um problema sem solução?

Inspiração,

O que é inspiração para você?

Uma imagem no espelho?

Uma estrela em esplendor?

Sentimento em demonstração?

Inspiração,

O que é inspiração para você?