Era de manhã,
Em seu lugar no travesseiro,
Era uma carta que o ocupava.
“não posso mais ficar,
Tentei aprender a te amar.”
Ora ninguém aprende,
Ou ama, ou não ama.
Na terra não havia pegadas.
Nos campos não havia rastros.
O dia estava horrível,
Tanto dentro como fora de mim.
O refugio era o guarda-chuva vermelho,
Antes nosso. A partir daquela manha, meu.
Parecia a melhor alternativa
Naquele dia frio.
Primeiro pingo de chuva
Minha raiva aumentara,
Apagaria teus rastros…
Décimo pingo de chuva
Meu conforto chegara.
Em meio a relâmpagos
Em meio aos campos de lavanda,
Encontrar-te já não era mais preciso
Sem guarda-chuva
A água lavara minha angustia.
Em meio a milhares de pingos de chuva
Dancei
Te encontrar já não era importante
Eu tinha a chuva,
Tinha a minha vida